Novas perspectivas na prevenção cardiovascular

Serão os cigarros eletrónicos um Mal menor? E qual é a importância dos ácidos ómega 3 na prevenção cardiovascular”?

 

São estes e outros temas relacionados com a promoção da saúde cardiovascular que irão ser discutidos no próximo Simpósio Anual da Fundação Portuguesa de Cardiologia, que terá lugar em Lisboa, Centro Ismaili, no dia 21 de Novembro sexta-feira. Esta reunião é dirigida a técnicos de saúde de diferentes áreas e pretende contribuir para a formação profissional, particularmente na área da prevenção, das doenças do aparelho circulatório.

Desde a primeira edição que esta reunião tem privilegiado a apresentação de questões da atualidade no âmbito da saúde pública e da prevenção cardiovascular que constituem uma preocupação na nossa sociedade.

Neste sentido, a edição deste ano vai abordar a questão dos cigarros eletrónicos. Se o tabagismo é um dos principais fatores de risco das doenças cardiovasculares, a entrada no mercado dos cigarros eletrónicos levanta dúvidas e necessita de esclarecimentos.

A Fundação aconselha a ingestão de alimentos ricos em ómega 3. Estes alimentos, associados a um regime alimentar variado e equilibrado, podem contribuir para a prevenção das doenças cardiovasculares. Atualmente a química analítica dá-nos a possibilidade de se dosear o índice destes ácidos gordos no sangue e deste modo ponderar-se se existem carências na sua ingestão. Por outro lado, a entrada no mercado de suplementos alimentares ricos em ómega 3 poderá colmatar algum défice na ingestão destes alimentos, mas só se justificar.

Outro assunto que irá estar em debate é o papel do magnésio. Diversos estudos epidemiológicos, observacionais, sugerem que os níveis de magnésio na água e nos alimentos são inversamente proporcionais à morbilidade e mortalidade por doença cardíaca e vascular cerebral. Discutir o papel do magnésio como marcador integral do risco cardiovascular poderá contribuir para a inclusão de um fator que detetado precocemente poderá contribuir para a redução destas doenças.

Num país em que por cada 100 jovens com menos de 14 anos temos 149 indivíduos com 65 e mais anos, a Fundação Portuguesa de Cardiologia não podia deixar de dedicar uma parte do seu programa ao “Coração no Idoso”, estando em discussão o que há de novo na angina crónica estável.

Temas mais específicos no âmbito da cardiologia também serão debatidos e por isso o tema Hipertrofia do Ventrículo esquerdo: como prevenir, diagnosticar e tratar tem a sua pertinência.

Para além de sermos um país envelhecido somos também um país de termas e são, de facto, as faixas etária mais avançadas as que mais consomem este tipo de tratamentos, e daí que a questão do termalismo e doenças cardiovasculares, tenha toda a justificação estar presente numa reunião destas.

Se pretende mais informações sobre este Simpósio, pode contactar o secretariado da reunião através do telefone 213 815 001 ou consultar o nosso site www.fpcardiologia.pt.

 

Dr. Carlos Catarino

Coordenador do 16º Simpósio da Fundação Portuguesa de Cardiologia

 

(Saiba mais sobre o 16º Simpósio da Fundação Portuguesa de Cardiologia aqui)